O médico Marcelo Mansano, do Instituto do Pulmão e Sono, relata que com o passar dos anos, sintomas como desânimo, déficit de atenção e memória, sonolência excessiva diurna começam a aparecer. “Para surpresa da maioria, pesquisas também concluem a presença do desinteresse sexual/impotência masculina em cerca de 15 a 20% dos portadores de apnéia”, afirma.
Com o passar dos anos a apnéia pode ser catastrófica ao organismo, aumentando o risco de doenças cerebrais, cardiológicas e metabólicas como a diabetes.
Segundo Mansano, a relação de apnéia e disfunção sexual erétil é evidente, porém exatos fatores ainda não foram totalmente definidos. “O que provavelmente ocorre é a diminuição da produção da testosterona, hormônio sexual masculino, o qual é produzido durante o sono profundo. A apnéia do sono impede a pessoa de iniciar ou permanecer no sono profundo, ou seja relaxador”, explica. “Todos os homens, desde que não tenham doença orgânica causadora de impotência (como o diabetes em especial), tem ereção peniana durante o sono REM. (estágio do sono que corresponde a 20% do sono normal). Então, quem tem apnéia, tem pouco ou nenhum sono REM, sendo assim, tem a ausência ou a diminuição da produção do hormônio sexual masculino e por consequência pouca ereção peniana, diminuição da libido e do desejo sexual”, completa o especialista.
Mansano garante que a apnéia é muito facilmente de ser diagnosticada e tratada. “O exame do sono (polissonografia) faz o dianóstico e gravidade e indica o tratamento”, diz. “Com o tratamento, o paciente tem o sono normal reestabelecido assim como todas as funções, e a vida volta ao normal”, finaliza.
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